Uma equipe de arqueólogos americanos e italianos encontrou, na costa de Nápoles, os restos de cinco embarcações comerciais romanas que transportavam diferentes mercadorias da Espanha e da Itália para o norte da África, informou hoje o jornal "Corriere della Sera".
As embarcações foram localizadas graças a um rastreamento com um sonar, no litoral da ilha de Ventontene, na altura de Nápoles, e que, segundo os especialistas, naufragaram entre o século 1º antes de Cristo e o século 5 depois de Cristo.
O chefe da equipe de arqueólogos responsável pela descoberta, Timmy Gambin, explicou que as embarcações "buscavam refúgio" antes de afundarem.
Segundo Anna Zarattini, uma das responsáveis do núcleo operacional de arqueologia da Superintendência de Bens Culturais da região do Lácio, se trata de "um museu debaixo d'água".
Os especialistas afirmaram que a descoberta permite compreender como funcionavam as trocas comerciais no Império Romano e afirmaram que, em um primeiro momento, Roma exportava seus produtos às províncias em expansão do Império, mas que depois começou a importar gradualmente os artigos.
Gambin advertiu, no entanto, que a popularidade da prática de mergulhos em grandes profundidades coloca em risco os tesouros arqueológicos do Mediterrâneo.