Os principais naufrágios no Brasil

1535. Frota do capitão português Aires da Cunha afundou na Baía de São Luís, a dois quilômetros da costa. O capitão pretendia subir o Rio Amazonas para atacar os incas com sua cavalaria, repetindo o conquistador espanhol Francisco Pizarro quatro anos antes. Foram encontrados canhões e ossos de cem cavalos.

1726. O "Santa Rosa", navio de guerra português, zarpou de Salvador capitaneando 54 embarcações, rumo a Lisboa. Na popa, seis toneladas de moedas de ouro, cunhadas em casas de fundição do Rio, de Minas e da Bahia. Na proa, barris de pólvora e munição para 70 canhões. Ninguém sabe ao certo o que fez o navio explodir com seus 700 tripulantes. Só três escaparam com vida

1503. O primeiro naufrágio em águas brasileiras de que se tem notícia. Três anos após o Descobrimento, Portugal armou uma esquadra de seis caravelas para explorar as novas terras. Na altura de Fernando de Noronha, a nau capitânia de Gonçalves Coelho bateu em recifes, teve o, casco perfurado e foi a pique. Houve sobreviventes, entre eles o próprio navegador

1668. Principal navio de guerra da Coroa, o galeão português "Sacramento" afundou no banco de Santo Antonio, em frente a uma antiga fortificação do século XVII, no litoral de Salvador. Carregava 800 soldados e o futuro governador do Brasil, o general Antonio Francisco da Silva, e sua família. O naufrágio tirou a vida de 650 homens.

1722. Com um tesouro a bordo ¬presentes do imperador da China ao Papa e ao rei de Portugal, avaliados hoje em US$ 1 bilhão - O galeão português Rainha dos Anjos teve uma vela incendiada ao ancorar na Baía de Guanabara, rumo à Europa. O fogo atingiu o paiol de pólvora e o navio explodiu. A bordo estava o corpo de um governador português das Índias conservado num barril de vinagre para ser enterrado em sua terra natal.

1916. Orgulho da marinha espanhola, o vapor "Príncipe de Astúrias" naufragou no litoral de São Sebastião, perto da ponta da Pirabura, em IIhabela. As rochas entre as pontas da Pirabura e do Boi abriram um rasgo de 40 metros no casco, que afundou em cinco minutos. Tinha 158 metros de comprimento e motores de oito mil cavalos. Navegava de Barcelona para Buenos Aires, com 4.500 toneladas de cobre, 1.700 toneladas de estanho, 800 toneladas de chumbo, 45 mil libras esterlinas em moedas e jóias e uma carga de ouro diplomático de valor não estimado, além de estátuas de bronze destinadas ao monumento ao general San Martin na capital argentina. Morreram 477 pessoas e salvaram-se 177.